Fama? Eis a questão.

“De todas as famas a mais doce é aquela que ainda não visa grandes sucessos, ainda não pode suscitar invejas, ainda não segrega.”

Frase do livro Gertrud de autoria do Hermann Hesse, escritor de minha grande admiração. Se nunca leu nada dele, está perdendo tempo. Deveria começar com o livro Demian, passar para O Lobo da Estepe e depois O jogo das Contas de Vidro. Depois não preciso falar mais nada, pois se houver lido os três foi porque gostou e acabará viciado(a) assim como eu (risos),  lendo a obra completa e biografia.

Se não tem paciência, pode dar uma busca na Internet e descobrir qual é a dele. Só posso te dizer que eu hoje não escreveria se não o tivesse tido como inspiração em minha adolescência. E volta e meia o releio.

Mas não estou aqui para falar dele, coisa que inclusive já fiz em post antigo. Estou para fazer uma coisa completamente sem cabimento. Publicar as palavras que recebi em um cartão enviado por uma pessoa muito querida (e você deve estar pensando, porque quero saber disso… Já vou chegar lá)

Disse ela:

“Algumas pessoas têm um brilho próprio e muito especial.

Mesmo que, algumas vezes, elas tentem ofuscar, e, até, apagar esse brilho, sua força interior se sobrepõe e reaviva, renova, revigora sua luz.

Lembre-se (sempre) que você tem esse brilho e essa força e que nada nem ninguém (nem mesmo você) poderá tirá-la.”

E o que tem isso com a citação de Herman Hesse, e porque estou publicando algo tão íntimo?

Em primeiro lugar se possuo mesmo esse brilho, poderia sim alcançar a fama, mas a melhor é aquela onde as pessoas não ficam te endeusando. Endeusamento é mentira e não sucesso o que suscita invejas (como na citação). Todos parecem seus amigos quando nada é verdade apenas querem ter 15 minutos de fama (Andy Warhol) tirando uma foto ao seu lado. Sucesso é estar bem consigo mesmo.

O segundo motivo de minha publicação se dá, porque ao ler isso (recebi esse cartão a cerca de dois anos atrás), comecei a pensar que essas palavras tomaram vida. Não pertencem apenas a mim mais. Todos nós possuímos nosso brilho próprio e necessitamos cuidar para que tal esteja sempre lustroso. Não há a menor necessidade de deixar que o brilho se apague para que o organismo se esforce para trazê-lo de volta. Devemos nos cuidar para estarmos sempre em estado de purpurina (risos…sem exageros, se podem me entender…)

Amigos, amigos de amigos, pessoas que por aqui passam, por favor… subam nesse palco da vida e brilhem sem necessidade que uma pessoa de fora necessite ligar o holofote em vocês, ok? Sejam pontos de luz e iluminem. Está dentro de vocês, coloquem para fora.

 

* Post dedicado a Sandra Reis pelas belas palavras de conforto em um momento tão crucial em minha vida. Obrigada minha madrinha por existir, fazendo com que eu possa ter onde me inspirar.

 

2 Comentários »

  1. Sandra said

    As lágrimas vieram aos olhos de Dindinha ao ler o texto, que só serviu para reafirmar o que penso sobre minha (a)filha(da). Lembre-se que você também é minha fonte de inspiração e, certamente, será a de Lúcio.

    • mixonia40 said

      É minha amada Madrinha, inspiração de minhas inspirações. Professora e guia de meus passos intelectuais…. Para quem já comparou “O Estrangeiro” com “O Processo”, nada mal né?. Mas nada disso seria possível sem você. Agora lágrimas nos olhos… menos tá. Deixa de ser tão puxa-saco. Eu, sua inspiração…. então tá né…kkkkkkk vou fingir que engulo essa. Quanto ao Lucio, não sei… ele é quem me inspira, logo logo estará reclamando de mim, como todos os filhos reclamam de suas mães. Lei da vida….rs.

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